Olá. 2º ano
Conforme combinado segue quadro.
Fonte: Caderno do Professor. Educação Física, EM, 2ª Série, vol.1
Olá, estou criando este espaço para trocas de informações sérias e interessantes, gostaria que fosse um espaço para interagirmos e trocarmos informações de assuntos relevantes sobre a Educação Física e atualidades. Creio também que seja um local onde possamos trocar informações sobre acontecimentos que venham ocorrer em nossa escola e no campo profissional que mereçam ser postadas aqui. Sejam bem vindos!
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Ginástica de Academia - 2ª série EM
Olá, conforme combinado, segue texto para estudo.
Boa leitura a todos.
Boa leitura a todos.
No
Brasil, os espaços privados para a prática da ginástica, que hoje conhecemos
por “academias”, surgiram na década de 1930, na cidade do Rio de Janeiro, sob
influência de métodos ginásticos europeus do início do século XX. Na década de
1960, além da calistenia, muitas academias dedicavam-se ao “levantamento de
peso”, prática associada ao halterofilismo.
Nos
anos 1980, a ginástica aeróbica ganhou grande espaço nas academias,
beneficiando-se da popularidade do conceito de “exercício aeróbio”, difundido
na década anterior pelo médico norte-americano Kenneth Cooper (criador do que
ficou conhecido como Método Cooper), e pelos vídeos de ginástica (com ênfase na
ginástica localizada) produzidos pela atriz norte-americana Jane Fonda.
Contudo, caracterizada pela excessiva presença de saltitos e giros, realizados
sem a devida preocupação com a postura, a ginástica aeróbica dos anos 1980
levou ao aparecimento de lesões articulares em seus praticantes - daí a
denominação “ginástica de alto impacto” pela qual ficou conhecida. Surge,
então, a ginástica aeróbica de baixo impacto, que busca minimizar os efeitos
lesivos às articulações, seguida do step
trainning, ginástica que alterna movimentos de subida e descida
de um pequeno degrau.
As
esteiras rolantes e bicicletas ergométricas logo chegaram como alternativas à
exercitação aeróbia. A hidroginástica (ginástica realizada na piscina) agrega
exercícios da ginástica localizada e da ginástica aeróbica, com a vantagem de
a água minimizar o impacto na articulação dos joelhos e servir, ao mesmo tempo,
de fator de resistência para os movimentos, potencializando o efeito dos
exercícios.
Atualmente
a ginástica localizada segue os princípios da teoria do treinamento físico e,
em obediência a princípios cinesiológicos e anatômicos, busca isolar os
grupamentos musculares que se deseja atingir e atender a diferentes finalidades
- emagrecimento, deli- neamento ou hipertrofia muscular, resistência muscular
etc. -, e com isso promete atender aos apelos estéticos dos praticantes. Seus
exercícios podem valer-se do peso do próprio corpo ou utilizar pequenos
pesos, como halteres e caneleiras. Por isso, às vezes, a ginástica localizada
é confundida com ginástica batizada de “musculação”, embora esta se caracterize
mais pelo uso de máquinas sofisticadas, de alta eficiência no isolamento dos
músculos e na gradação da carga.
Nos
últimos anos, cresceram em larga escala os programas padronizados de
ginástica, concebidos e comercializados por empresas especializadas, com forte
apoio de estratégias de marketing. Por
exemplo, o sistema body {body systems)
- body pump, body step
etc. -, propriedade de uma empresa da Nova Zelândia, que tem nas academias
brasileiras seus melhores clientes. A desvantagem desses programas é que, ao
padronizar os exercícios e sua progressão, perdem de vista a heterogeneidade de seus
participantes e a individualidade das pessoas.
Além de trazer para o seu interior os
avanços técnico-científicos no campo do treinamento físico, as academias
buscaram diversificar suas práticas para atrair novos clientes e diminuir a evasão, pois grande
parte das pessoas interrompe periódica ou definitivamente a frequência às
academias. Sabe-se que, com a chegada do verão, aumenta significativamente o número
de usuários das academias. Dezenas de diferentes práticas são oferecidas hoje
nas inúmeras academias espalhadas por todo o Brasil. No Estado de São Paulo, é
raro o município que não conte com pelo menos uma academia de ginástica. Muitas
dessas práticas desaparecem tão rapidamente como surgiram.
Tendência recente é a ginástica fast-food - por analogia aos
estabelecimentos que oferecem lanches e refeições rápidas . São academias que
prometem efeitos estéticos e de melhoria da saúde e qualidade de vida com um
circuito de exercícios que combina os aeróbios e os de força muscular, com
duração de 30 minutos e frequência de três vezes por semana.
O fenômeno do surgimento, proliferação e
diversificação das academias de ginástica pode ser entendido na perspectiva do
crescimento dos espaços privados de lazer e serviços e a simultânea redução e
degradação dos espaços públicos
- nas ruas, praças e parques estamos sujeitos à violência, poluição, falta de
limpeza e conservação etc. Além disso, a quase ausência de políticas públicas
de lazer e esporte não estimula convenientemente o acesso às instalações
esportivas mantidas pelos poderes municipal, estadual ou federal.
As academias de ginástica surgem, então,
como alternativa no chamado “mercado do corpo e do fitness”, que vende promessas de beleza
e saúde por meio de produtos e serviços para parcelas cada vez maiores da
população. Não sendo mais restritas à classe média alta, oferecem, em um só
local, práticas ginásticas diversificadas, o que permite atender a vários interesses.
Todavia,
ao se beneficiarem da difusão por parte das mídias, de um modelo de beleza
corporal cada vez mais predominante - caracterizado pela magreza, no caso das
mulheres, e hipertrofia muscular, no caso dos homens —, as academias, apoiadas
por estratégias de propaganda e marketing,
prometem milagres.
Por exemplo, “fique em forma para o verão em apenas um mês”, atraindo novos
interessados que pagam pelos serviços prestados.
Duas perguntas que merecem nossa atenção:
Mas
será que a ginástica só serve para emagrecer e, consequentemente, atender a um
padrão de beleza imposto pelas mídias?
A ginástica só pode ser praticada no interior das
academias?
Referência:
Caderno do professor: educação física, ensino médio – 2ª série,
volume 1 / Secretaria da Educação; São Paulo: SEE, 2013.
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