quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Capoeira

Alunos do 9°ano. Segue texto para leitura e estudos em sala.

História da Capoeira

Origem da palavra capoeira, cultura afro-brasileira, luta, funções sociais, como começou a capoeira, proibição, transformação em esporte nacional, os estilos


Raízes africanas 

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. 
No Brasil 

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. 


Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.


A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.


Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. 


Três estilos da capoeira 

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional, criado por Mestre Bimba, caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade. Porém é importante ressaltar que capoeira é uma só, a Capoeira de Angola, considerada a mãe dos outros estilos e mais próxima da capoeira jogada pelos escravos africanos.
Você sabia?

- Em 26 de novembro de 2014, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), declarou a roda de capoeira como sendo um patrimônio imaterial da humanidade. De acordo com a organização, a capoeira representa a luta e resistência dos negros brasileiros contra a escravidão durante os períodos colonial e imperial de nossa história.
- É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.
Fonte: https://m.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

CORPO, SAÚDE E BELEZA

Atenção alunos do 1º ano A e B.
Segue abaixo texto para leitura e discussão em sala.
Abraços.

No Ensino Médio percebe-se o impacto que certos modelos de beleza corporal, insistentemente propagados pelas mídias (televisão, revistas etc.), exercem sobre os alunos, que, com frequência, julgam-se obesos, querem emagrecer e tornar-se musculosos.

Para isso, aderem a regimes “milagrosos”, praticam exercícios de forma equivocada e eventualmente fazem uso de substâncias proibidas, como anabolizantes e remédios que inibem o apetite, com prejuízos para a própria saúde.

Sabemos que tais situações muitas vezes são compartilhadas pelos alunos com os professores de Educação Física. Basta prestar atenção às capas das revistas voltadas para o público adolescente e jovem (em especial para as meninas), à venda em qualquer banca de jornal, e constatar o que sugerem ou prometem explicitamente: “Emagreça comendo de tudo!”, “Defina seus músculos com apenas 15 minutos de ginástica!”, “Corpo novo em três meses!” etc. A personagem central das capas é sempre uma mulher jovem (raramente de etnia negra), bela, magra e sorridente, em geral trajando biquíni, fotografada das coxas para cima, em pose sensual.

Também as figuras masculinas são, em geral, homens jovens e brancos, às vezes com o torso nu e pernas expostas, para exibir uma musculatura bem delineada. No interior dessas revistas também sempre encontramos programas de exercícios ginásticos para diversos grupos musculares, com a promessa de “diminuir a barriga”, “endurecer o bumbum” etc., ou a sugestão de corridas, caminhadas e prática de esportes para “perder calorias” e, portanto, emagrecer. Percebe-se aí como o exercício físico não é associado à saúde ou ao bem-estar, mas a um modelo estereo tipado de beleza corporal caracterizado pela extrema magreza corporal.
Se calcularmos o índice de massa corpórea – IMC (peso dividido pela altura ao quadrado) das modelos e artistas estampadas nas capas, encontraremos valores muito baixos, que indicam magreza, às vezes abaixo do mínimo para que uma pessoa seja considerada saudável, além de estarem muito distantes da média nacional.

Todavia, para esculpir esse modelo corporal definido pelas mídias (para mulheres e homens) não basta apenas o exercício físico, nem mesmo conjugado com dieta. Exige também a intervenção cirúrgica (lipoaspiração, cirurgia plástica propriamente dita, próteses de silicone). Tudo isso, com o devido suporte
de supostas evidências científicas, aumenta o oferecimento de produtos e serviços associados à busca desse ideal de beleza corporal – massagens, cosméticos, equipamentos de ginástica domésticos, alimentos light e diet etc. – no contexto do chamado “mercado do corpo e do fitness”. Contraditoriamente, esse mercado convive em nossa realidade com bolsões sociais de pobreza e miséria, nos quais há ainda muitos brasileiros que passam fome!

Esse bombardeio de informações verbais e visuais fixa um modelo de beleza (o qual contribui decisivamente para a construção das representações sociais do corpo) e, ao propor os meios para alcançá-lo com facilidade ilusória, não mais nos dizem: “Você pode...”, mas “Você deve!”. É muito difícil resistir a essa pressão, e a partir de certo grau de adesão às práticas alimentares e de exercitação física sugeridas pode haver comprometimento da saúde, bem como constrangimento social decorrente da sensação de não atingir o padrão idealizado.
Tais referências externas dificultam o autoconhecimento, o reconhecimento das possibilidades do ser humano e seus limites tal como é, e restringem as possibilidades do Se-Movimentar em jogos, esportes, ginásticas, lutas e atividades rítmicas a certos objetivos muito específicos (emagrecer, delinear a musculatura etc.), empobrecendo seu potencial formativo. Em todos os canais de comunicação, e tambémnos espaços públicos, ditam-se as regras de cultivo do corpo. Dentre os exercícios físicos, difundiram-se a musculação, o fisiculturismo, as atividades de fitness. O corpo belo é aquele sempre “superdefinido”, “durinho”, sem celulite ou estrias.

Apesar dos avanços em relação à compreensão dos mecanismos pelos quais a alimentação e o exercício físico podem contribuir para aquisição e manutenção de níveis adequados de saúde, a busca por um determinado padrão de perfectibilidade da beleza impulsiona o consumo de produtos, de práticas e de recursos nem sempre compatíveis com esse propósito.
Diante da possibilidade (ou ilusão...) de obter resultados expressivos em curto espaço de tempo, muitos jovens passam a adotar condutas por vezes enganosas ou mesmo prejudiciaisà saúde, entre as quais se encontram as dietas “milagrosas” e o uso inadequado de suplementos alimentares.
Modificações drásticas na dieta que resultam em perdas acentuadas de peso em curto espaço de tempo são difíceis de serem mantidas.
Além disso, a perda de peso observada decorre principalmente da redução hídrica (perda de água), bem como da perda de tecido magro, permanecendo as reservas de gordura quase inalteradas, especialmente em virtude da diminuição na taxa metabólica de repouso (energia gasta para manter o funcionamento orgânico durante o estado de repouso).
Em verdade, programas saudáveis de emagrecimento preconizam que a perda ponderal não deva exceder 1% do peso corporal total por semana, evitando-se assim prejuízos na regulação metabólica, função imunológica,  integridade óssea e manutenção da capacidade funcional ao longo do envelhecimento.

Outros problemas que afetam frequentemente os alunos do Ensino Médio, diante do forte apelo social em favor de padrões de  beleza caracterizados pela magreza corporal, são distúrbios alimentares como a anorexia e a bulimia.

A anorexia nervosa, mais comum entreas meninas, caracteriza-se pelo desejo obsessivo de manter o peso corporal abaixo dos níveis normais para a faixa etária e estatura em virtude da preocupação excessiva com a
imagem corporal que se encontra distorcida, pois pessoas anoréxicas se percebem gordas apesar de sua magreza. Pela “magreza”, essas pessoas se mantêm em jejum por longos períodos e ingerem menos alimento que o necessário para manter o balanço energético, além de estimularem compulsivamente o maior gasto energético possível em sessões de exercícios.
A bulimia nervosa caracteriza-se por episódios frequentes de ingestão alimentar em excesso num curto período de tempo, quase sempre seguidos por jejum, uso abusivo de laxantes ou diuréticos, vômitos autoinduzidos, ou prática compulsiva de exercícios, numa tentativa de evitar o aumento de peso após o exagero alimentar.

Controle ponderal, níveis de atividade física e obesidade

A manutenção do nosso peso corporal obedece a um mecanismo regulador encarregado de equilibrar a ingestão alimentar (influxo e consumo calórico) com o custo energético (gasto calórico ou produção de energia). quando, por qualquer motivo, esse equilíbrio é rompido, ocorre modificação no peso corporal. Se a quantidade de calorias adquiridas pela alimentação ultrapassar aquela utilizada para atender as necessidades diárias de funcionamento do organismo (gastos com metabolismo basal, termogênese e atividade física), esse excesso será armazenado sob a forma de gordura no tecido adiposo, ocasionando aumento ponderal (ganho de peso corporal). Uma ingestão reduzida, por sua vez, associada a um maior gasto energético, promove a redução ponderal (perda de peso corporal).
A obesidade (acúmulo excessivo de gordura corporal, acima dos limites de normalidade esperados) é um fenômeno multifatorial complexo, mas se sabe que a alimentação e a falta de atividade física são fatores importantes, especialmente por sua relação com condições ambientais e aspectos comportamentais diversos.
A redução dos níveis de atividade física (hipocinesia) é um dos principais responsáveis pelo aumento excessivo de peso a partir do acúmulo de gordura nas reservas corporais.
Muitos estudos sustentam que o aumento da adiposidade, normalmente associado ao processo de envelhecimento, decorre principalmente do nível de atividade física, uma vez que as pessoas entram em sedentarismo progressivo com o passar dos anos.
A condição mais adequada para que se possa estabelecer um controle efetivo sobre o fenômeno da obesidade requer a associação entre exercícios e dieta. Em crianças e adultos moderadamente obesos, essa combinação oferece maior possibilidade de atingir balanço calórico negativo e, consequentemente, redução
da gordura e do peso corporal, comparada ao exercício ou à dieta isoladamente.

Livros
BOUCHARD, Claude. Atividade física e obesidade. São Paulo: Manole, 2003.
Reúne informações sobre a relação entre (in)atividade física e obesidade e sua influência sobre o estado de saúde, dando ênfase aos determinantes biológicos e comportamentais da obesidade, bem como à participação da atividade física na prevenção e tratamento dessa patologia em grupos diversos como crianças e adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

CURY, Augusto. A ditadura da beleza e a revolução das mulheres. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
Alerta para um problema do mundo moderno – a ditadura da beleza, que mantém crianças, adolescentes e adultos tristes e frustrados. Parte da história de uma famosa modelo de 16 anos que, obcecada pela aparência física perfeita, tornou-se amarga e depressiva, e se submeteu a tratamento psiquiátrico.

GUEDES, Dartagnan P.; GUEDES, Joana E. R. P. Controle do peso corporal: composição corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998. 
Expõe as causas e consequências do excesso de peso/gordura corporal, bem como aborda aspectos associados à orientação dietética e à prescrição de exercícios físicos com vista à prevenção e ao tratamento do sobrepeso e obesidade, com base em princípios que norteiam a elaboração de programas voltados ao controle do peso corporal.

MCARCLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fundamentos de fisiologia do exercício. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Destina o capítulo 13 à abordagem sobre a relação entre equilíbrio energético, exercício físico e controle do peso corporal, destacando a participação dos níveis de atividade física e da dieta no balanço energético e consequente interferência sobre a composição corporal e regulação do peso corporal associada à sua
redução ou ao seu aumento.

McARDLE, Willian D., KATCH, Frank I., KATCH, Victor L. . Nutrição para o desporto e o exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Destina o capítulo 7 ao gasto energético durante o repouso e o exercício físico, no qual propõe estimativas para o dispêndio de energia, tanto em repouso quanto em diferentes atividades como caminhada, corrida etc. O capítulo 19 trata da relação entre obesidade, exercício e controle do peso, reforçando a importância do exercício e da dieta para a manutenção do equilíbrio energético.

POWERS, Scott K.; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3a ed. São Paulo: Manole, 2000.
Contém informações relacionadas à prescrição de exercícios voltados à saúde e ao condicionamento físico, além de destacar a influência de aspectos nutricionais sobre o estado de saúde, de acordo com sua interferência em relação à composição corporal, gasto energético e controle do peso.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa Mentes insaciáveis: anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
Trata das dificuldades das celebridades e anônimos com os transtornos alimentares, apresentando uma abordagem multidisciplinar e prática sobre o tema. artigos.

BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídiase educação física: novas relações no mundo contemporâneo. Lecturas: Educación Física y Deportes , Buenos Aires, v. 10, no 79, p. 1-9, 2004. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2007.
Este artigo objetiva analisar as relações entre mídias, cultura corporal de movimento e Educação Física no mundo contemporâneo.
MATTHIESEN, Sara quenzer Espelho, espelho meu... Existe alguém mais perfeita do que eu? Motriz, Rio Claro, v. 8, no 1, p. 25-6, abr. 2002. Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2007.
O artigo aborda os excessos presentes hoje na relação com o próprio corpo, em busca de padrões de beleza e perfeição.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAçãO DE MINAS GERAIS. “Corpo ideal”: padrões impostos pela cultura. Orientações pedagógicas: Educação Física – Ensino 30 Médio. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2007.

Sites
SAÚDE EM MOVIMENTO: Disponível em: www.saudeemmovimento.com.br
Disponibiliza cálculo online de ingestão e gasto calórico diários.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Disponível em: www.ufpel.tche.br/~holanda/index.htm
Permite acesso a uma tabela (em Excel), na qual se pode verificar o valor calórico referente a 100 g de vários alimentos, ou à tabela o número de gramas e obter o total de calorias correspondente. 

Cooperativa do Fitness: . www.cdof.com.br
Disponibiliza o valor calórico referente a várias categorias de alimentos em quantidades diversas e cálculo on line do gasto calórico de várias atividades físicas.

Vitaminas & Cia: . 
Disponibiliza tabelas com grupos de alimentos reunidos por total de calorias fornecidas, indicando a quantidade de alimentos ingeridos e uma medida caseira equivalente, como por exemplo, duas colheres de sopa de algum alimento.

Instituto de Metabolismo e Nutrição

quinta-feira, 18 de junho de 2015

ATIVIDADE RÍTMICA: O RITMO NO ESPORTE, NA LUTA, NA GINÁSTICA E NA DANÇA

ATIVIDADE RÍTMICA: O RITMO NO ESPORTE, NA LUTA, NA GINÁSTICA E NA DANÇA
Se buscarmos a ideia de ritmo em alguns dicionários, encontraremos um termo derivado do grego rhytmos, e que mantém seu significado em alguns idiomas (como em espanhol, inglês e português), designando tudo aquilo que se move, que flui de modo sequencial ou que tem movimento regulado. O ritmo que envolve os movimentos corporais pode ser definido como a compreensão original do tempo que nós exercemos com o corpo, antes mesmo de representá-lo com o pensamento (HELLER, 2003 apud KUNZ, 2003). Por isso, consideramos que o ritmo está presente em todas as manifestações de nossa vida, abrange tudo o que conhecemos, incluindo nós mesmos e o modo como percebemos nossos movimentos no ambiente.
Há bastante associação entre música e ritmo, pois ela provoca uma sensibilidade maior sobre nossos órgãos sensoriais, e, ao ampliarmos a intensidade da audição, aumentamos a concentração, e o processo de transformar o ritmo musical em movimento torna-se espontâneo. De acordo com essa concepção, os movimentos produzidos não tendem a seguir uma orientação determinada, fazendo a pessoa se libertar de movimentos corriqueiros e padronizados. E quando a sensibilidade estética e a concentração melhoram, seja para ouvir música ou se expressar, é possível desenvolver atividades rítmicas sem a participação da música.
Para aprofundarmos a compreensão sobre o ritmo, dois conceitos apresentados por Laban (1978) são importantes: o tempo e o acento rítmicos. O tempo rítmico em uma série de movimentos pode ser percebido na combinação de durações iguais ou diferentes de unidades de tempo. Como exemplos, no caso do esporte, há dois tempos rítmicos na bandeja do basquetebol e três tempos rítmicos para o deslocamento no handebol, ou para preparar uma cortada no voleibol. Quanto ao acento rítmico, ele consiste em uma ênfase que acentua a importância de um movimento, um tipo de tensão que pode surgir de forma abrupta ou gradual. No caso da luta, temos o exemplo de um golpe efetivo no boxe após uma sequência de movimentos de esquiva ou, no caso da ginástica, o momento de transferência de energia e peso em um salto realizado com o apoio das mãos.
Laban também propôs uma organização do espaço para analisar o ritmo objetiva- mente, apresentando quatro elementos para a observação e descrição dos movimentos – direções, planos, extensões e caminhos. As direções podem ser para a frente, para trás, para a esquerda ou para a direita; os planos podem ser alto, médio ou baixo; as extensões podem ser perto, pequena, normal, grande ou longe; os caminhos podem ser direto, angular ou curvo. No caso do esporte, da luta, da ginástica e da dança, realizados for- malmente em um espaço restrito (quadra com demarcações, tatame, ringue, solo demarca- do ou tablado), os elementos citados podem ser relevantes para que sejam identificados e analisados como atividades rítmicas.
No entanto, essas tentativas de classificação não são mais importantes do que as possibilidades de expressividade, criação e coeducação, que os alunos podem vivenciar nas aulas. Por exemplo, para Saraiva e Fiamoncini (1998), a coeducação em dança permite que alunos e alunas estejam juntos para elaborar seus pensamentos, sentimentos e movimentos em um processo significativo e valorativo, sem ações estereotipadas e evitando a demarcação de movimentos masculinos e femininos.
Fonte: CADERNO DO PROFESSOR DO ESTADO DE SP - 2014-2017

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A origem do Tênis a partir de Jeu de Paume


Conforme combinado. Aos 2º anos, seguem os textos. 
Estudem!
Abraços!
A origem do Tênis a partir de Jeu de Paume
Há muitas teorias para o surgimento do tênis, mas há um consenso de que a França estabeleceu as bases reais do jogo com o surgimento do "jeu de paume" (jogo da palma), no final do século XII e início do XIII.
No tênis primitivo as raquetes não eram empregadas. Os jogadores usavam as mãos nuas e depois optaram por usar luvas. No século XIV, já havia jogadores que usavam um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como "battoir" e que mais tarde recebeu um cabo e também as cordas trançadas. Era o nascimento da raquete, uma invenção italiana.
Com o tempo, o tênis deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-paume", que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde apareceu o "court-paume", jogo similar, disputado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para sua prática.
Muitos reis da França tinham no "jeu de paume" sua principal diversão, chegando a ponto de o rei Luís XI decretar "que a bola de tênis teria uma fabricação específica: com um couro especialmente escolhido, contendo chumaço de lã comprimida, proibindo o enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer espécie de musgo". Para se ter uma idéia do crescimento do esporte na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a um francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e regulamentos e fez construir em Órleans, cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 quadras.
Em plena "Guerra dos Cem Anos", o rei Carlos V condenou o "jeu de paume", declarando que "todo jogo que não contribua para o ofício das armas será eliminado". Com tal proibição, lembrando que o jogo era praticado até aos domingos, pode-se deduzir que o novo esporte alcançou uma grande popularidade na França.
Com a Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas, o esporte praticamente desapareceu junto com a destruição das quadras. No século XIX, um jogador J. Edmond Barre, que se sagrou campeão da França em 1829 e conservou o título por 33 anos, até 1862.
Fonte: http://cbtenis.com.br/site.aspx/historia-tenis visitado em 05/06/2015


Contagem dos Pontos

De onde vem a contagem de pontos no tênis? Coracy Ribeiro da Granja, Rio de Janeiro, RJ
As dúvidas sobre a contagem no tênis vêm desde o século 16, quando foi publicado o livro 'Declaração das duas dúvidas existentes na contagem do jogo da palma'. Hoje duas explicações podem resolver esse problema. Uma delas diz que a contagem obedece ao sistema sextante, em moda na época por seu uso na geometria e na astronomia.
O sistema é dividido como as horas. Cada grau (hora) tem 60 minutos. Para ganhar um game era necessário fazer quatro pontos, cada um valendo 15. Os 15 (minutos) x 4 formavam os 60 graus. Daí, a contagem ser 15, 30 e 45. Os 60 não são pronunciados porque indicam a vitória do game (jogo). Isso também explica a razão pela qual, no início do século 18, começou a se considerar um set uma partida com seis games. A fórmula é a seguinte: 15 minutos x 4 = 60 graus; 60 graus x 6 games = 360 graus (1 set). O ciclo estava fechado! Já a mudança do 45 para 40 pode ter sido um 'comodismo de linguagem'. O forty five (45, em inglês) foi 'diminuído' para 40 (forty) com o tempo.
A segunda explicação diz que, nos primeiros tempos em que o tênis existiu, uma das regras dizia que, se uma dupla ganhasse um ponto, poderia sacar no lance seguinte e avançar 15 jardas. Se ganhasse novo ponto, sacaria mais 15 jardas à frente, 30 à frente do ponto inicial. No terceiro ponto, iria sacar mais 10 jardas à frente, ou 40 a partir do ponto inicial. No próximo ponto, ganharia o jogo.
Fonte: 'Tênis – Catarse Moderna', de Edmundo Giffoni, e International Tennis Hall of Fame
visitado em 05/06/2015

Pontuação Atual

A pontuação é idêntica em jogos de simples e duplas. Um jogo de tênis é designado por termos como 15, 30, 40, e game, com zero pontos sendo referido pelo termo “love” (possivelmente derivado da uma palavra francesa “l’oeuf”, ovo, referenciado a aparência física do número zero). Um empate em 40 é chamado de “deuce”. Porque um jogo deve ser vencido por dois pontos, o jogo continua em iguais até um jogador fazer uma diferença de dois pontos. Depois de empatar, o jogador que vencer o próximo ponto é dito que tem a vantagem. Em uma competição de tênis, a pontuação do sacador é sempre dada primeiro. Os jogadores ou equipes mudam os lados quando a soma dos games jogados for ímpar.
Jogadores devem vencer seis games para vencer o set, mas eles devem vencer ao menos por uma diferença de dois games. Se um set ficar iguais em 5-5, ao menos 7 games vitoriosos são necessários para vencer o set. Um tie-break é usado se um set ficar empatado em 6-6. Um tiebreak é normalmente jogado por 7 pontos, mas vence quem fizer uma diferença de ao menos 2 pontos. O vencedor de um tiebreak vence o set por 7-6, mais o total de pontos feitos no tiebreak. O jogo de tênis é normalmente melhor de três ou cinco sets.

Fonte: http://www.donasdabola.com.br/2011/10/26/tenis-de-quadra/ visitado em 05/06/2015


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Recomendações para elaboração de um programa de musculação para crianças e adolescentes

Olá. 2º ano
Conforme combinado segue quadro.

Fonte: Caderno do Professor. Educação Física, EM, 2ª Série, vol.1